sábado, 12 de abril de 2014

       LÍNGUA PORTUGUESA



GÊNEROS TEXTUAIS:

Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos:

1)   Carta: quando se trata de "carta aberta", "carta ao leitor" ou carta a um amigo tende a ser do tipo dissertativo- argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum.



















2) Propaganda: É um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo.

3) HISTÓRIAS EM QUADRINHOS:   É um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação.

4)  Bula de remédio:  É um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento.



















5 )  RECEITA : É  um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções.


















6Charge:  É um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria.








































7)  Caricatura     É um desenho de um personagem da vida real, tal como políticos e artistas. Porém, a caricatura enfatiza e exagera as características da pessoa de uma forma humorística, assim como em algumas circunstâncias acentua gestos, vícios e hábitos particulares em cada indivíduo.
Historicamente a palavra caricatura vem do italiano caricare (carregar, no sentido de exagerar, aumentar algo em proporção).A caricatura é a "mãe"   do expressionismo, onde o artista desvenda as impressões que a índole e a alma deixaram na face da pessoa.
A distorção e o uso de poucos traços são comuns na caricatura. Diz-se que uma boa caricatura pode ainda captar aspectos da personalidade de uma pessoa através do jogo com as formas. É comum sua utilização nas sátiras políticas; às vezes, esse termo pode ainda ser usado como sinônimo de grotesco (a imaginação do artista é priorizada em relação aos aspectos naturais) ou burlesco.

8) Propaganda: É um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo.











9) Notícia: Podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos.












10)  Entrevista: É um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos narrativos, como na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica.   
Exemplos de entrevistas: 
A) ESCRITA:

18 de março de 2014




A 2ª edição da exposição “Retratinho de Amor” tem coquetel de lançamento agendado para o dia 01 de abril, às 19h,  no Shopping Bourbon Wallig - 2ºandar.  A iniciativa é da fotógrafa gaúcha Marcia Beal, especializada em New Born e que em 2013 realizou a primeira exposição de recém-nascidos na capital. As fotos,  de bebezinhos com até 20 dias de vida, foram selecionadas a dedo,  estarão expostas durante todo o mês de abril, no formato  76cm x 1,20cm.

Marcia é membro da ABFRN - Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém Nascidos.



Saiba mais:

A fotógrafa Marcia Beal está há nove anos no mercado.  Em 2009 conheceu o Estúdio Brasil, em São Paulo e, motivada pelo que viu, montou um estúdio de fotografia em Porto Alegre.  Mas foram suas clientes gestantes  que a impulsionaram a ter interesse em fotos de recém nascidos.  Vislumbrou uma nova oportunidade e a partir daí começou a busca por conhecimento. Participou de workshosps de fotógrafos como: Karim Scharf, Cristiano Borges onde conheceu técnicas de como fotografar os bebês com luz natural e com uso de flash.  Segundo Marcia, “trabalhar com New Born foi um divisor de águas em sua carreira”.

b) ENTREVISTA DE EMPREGO:














c) JORNALÍSTICAS:



11)  Tutorial:   É  um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo.
significado de injuntivo: imperativo, obrigatório


















12)  Editorial: É um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.
O editorial está normalmente em Jornais, revistas e artigos de internet.


A) editorial de jornal:

 JORNAL DA MANHÃ \ Editorial :   Um pesadelo ainda vivo




Publicada em 01/04/2014.
      Já se passaram 50 anos do golpe militar no Brasil. Para alguns, apenas um fato histórico contado pelos livros nas salas de aula, para outros a recordação de uma época de dor e tortura, e para a grande maioria a representação de um dos maiores acontecimentos, se não o maior, da história deste País, e que demonstra na realidade um verso muito conhecido do Hino Nacional: " verás que um filho teu não foge a luta." E não fugiram.
Para milhões de brasileiros, relembrar o golpe faz parte de um processo de consolidação da democracia no País.
       Foram estudantes, intelectuais, lideranças políticas e jornalistas que se uniram para derrubar um governo opressor. Os militares chegaram ao poder com ajuda externa, hoje já provada participação ativa  dos americanos nesse processo, já que temiam ver o Brasil virar uma grande Cuba. Financiado pelos EUA, o golpe tinha tudo para ser uma arma manipuladora do povo. Tinha. E foi. Por 21 anos. E só não foi mais, porque muitos brasileiros que não aceitaram tal situação e lutaram pela volta da democracia e pelos direitos do cidadão.
       Mas, não antes de o País manchar a sua história com sangue de brasileiros derramado, muitos deles mortos na época e até hoje jamais encontrados. Isso porque em 13 de dezembro de 1968 o Ato Institucional nº5 (AI5), o mais cruel dispositivo utilizado pela ditadura, entrou em ação, suprimindo os direitos políticos dos cidadãos por 10 anos em caso de manifestação contra o regime e determinou que prisões poderiam ser feitas sem o respeito aos direitos legais. O Congresso permaneceu fechado por um ano.
       E assim o País caminhava. Pouco articulada e sem apoio da população, que desfrutava uma euforia do crescimento da economia, vendida pelo governo através da manipulação dos grandes meios de comunicação, a oposição foi rapidamente sufocada. Mortos, torturados, desaparecidos e exilados só aumentavam.
           Intelectuais importantes foram obrigados a fugir e viver no exterior e quem ficou, sucumbiu. 50 anos depois tudo é história, mesmo com feridas abertas, corpos enterrados em covas clandestinas, famílias que ainda choram seus entes, túmulos ainda vazios. Fantasmas do passado que andam pelos corredores de  uma história que não será esquecida, de um pesadelo ainda vivo. Enquanto isso, o País espera pela Copa do Mundo.

B) EDITORIAL DE REVISTA: O DESCASO DO SERVIÇO PÚBLICO




             Cenas deploráveis de cidadãos se espremendo, lutando, desmaiando, para tomar diariamente o transporte público, repetem-se quase sem parar nas principais capitais do país, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Trens, ônibus, metrôs, nada funciona direito ou à altura de responder à demanda. A qualidade do atendimento é precária. A malha é  insuficiente. E o volume de verbas para investimento é sorrateiramente desviado em boa parte por esquemas de corrupção como o que ocorreu nas últimas duas décadas no metrô paulista. O resultado está aí! Como motor econômico do Brasil, São Paulo oferece rotineiramente o quadro mais desumano desse drama. ­Usuários tratados como gado, sem opção, levam horas para chegar a seu destino dentro de locomotivas insalubres ou escassos ônibus – ambos sempre abarrotados de passageiros, tornando insuportável o ar que se respira ali dentro. A frequência com que essas unidades de transporte quebram ou experimentam pane do sistema é enorme. E o índice de reposição dos veículos segue baixíssimo. Na capital paulista inovaram na ação: em vez de atacarem o problema, autoridades preferiram centrar fogo na consequência. Criaram as chamadas “faixas de ônibus” em praticamente todas as ruas – espécie de outdoor de medida populista – que vivem vazias por falta justamente de ônibus suficientes. Enquanto isso, o caos toma conta das demais vias, mais congestionadas do que nunca por ausência de um planejamento sério que dê vazão ao trânsito. Seria mais eficaz, e menos conturbado, primeiro dotar a cidade de uma frota capaz de desafogar as linhas. Mas na base do “quanto pior, melhor”, tornando infernal o tráfego, o alcaide paulista buscou por caminhos tortos sua intenção de ter mais e mais passageiros usando o transporte público. O objetivo seria louvável e uma realidade até desejável – a exemplo do que ocorre nas maiores capitais globais –, caso o aparato do sistema e a infraestrutura do entorno estivessem funcionando em condições adequadas para atender o público adicional. Mal e porcamente dá conta do número atual de usuários. Como promover tamanha migração diante do evidente descaso com que são tratados aqueles que dependem desses meios de locomoção? A solução da nó do transporte público é uma questão urgente. Que deve ser encarada com seriedade pelos governantes. Vale lembrar que, na origem das manifestações de rua, no ano passado, foi essa a primeira bandeira que inflamou os protestos.

c) EDITORIAL DA INTERNET: 
  • A SEMANA > EDITORIAL
  • |  N° Edição:  2314
  • |  28.Mar.14 - 20:50
  • |  Atualizado em 21.Abr.14 - 14:26

"A INTERNET GANHA SUA CARTA MAGNA"
Carlos José Marques, diretor editoria
       Foram mais de dois anos de negociações, discussões sobre princípios e estudos legais, mas finalmente o que já vem sendo chamado de Carta Magna da internet brasileira começa a sair do papel para tomar sentido prático. A Câmarados Deputados, após idas e vindas protelando o assunto por interesses políticosdiversos e lobbies comerciais de toda ordem, votou e aprovou por aclamação na semana passada o texto do Marco Civil. Ele disciplina o funcionamento da rede em variados aspectos: do policiamento sobre conteúdos impróprios aos direito  e deveres de usuários, provedores, empresas de telecomunicação e todo o vasto universo de tráfego nesse ambiente. É um avanço e tanto! Mais um passo civilizatório para um país que em poucos anos mergulhou de cabeça na era digital, converteu-se em um dos maiores mercados de internautas e, inexplicavelmente, estava até agora sem um arcabouço regulatório que orientasse a atividade. O projeto ainda segue para avaliação e sanção no Senado antes de entrar em vigor. Mas o simples fato de parlamentares chegarem a um entendimento em torno de uma proposta comum significou grande progresso. O relator da “Constituição da Internet”, o deputado petista Alessandro Molon, diz que o feito consolida uma posição de destaque do Brasil nesse campo. E, de fato,não é menos que isso. Países como os EUA, por exemplo, ainda patinam no campo das regras de uso da rede e não raramente cometem, de forma deliberada, atentados como o da recente invasão de e-mails de chefes de Estado. O Brasil, por sua vez, terá através do Marco Civil mecanismos eficazes para coibir abusos e vai, principalmente, conseguir estabelecer o tão esperado princípio da neutralidade na rede. Esse é o princípio que proíbe provedores de mudar a velocidade de conexão ou cobrar preços distintos de acordo com o conteúdo acessado. A igualdade está preservada. Bem como aspectos como liberdade de expressão, privacidade, guarda de dados e comercialização, que também foram contemplados dentro dos critérios mais modernos possíveis. O usuário, grande beneficiário da nova lei, terá mais força e voz no sistema e encontrará, daqui por diante, canais legais eficazes para buscar seus direitos. A lei, inegavelmente necessária, veio para ficar e seus efeitos benéficos serão rapidamente sentidos por todos. 



13) POEMA:    Trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero.





















14))     POESIA:  ´È o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem , ou seja, tudo o que toca e comove pode ser considerado como poético (até mesmo uma peça ou um filme podem ser assim considerados). Um subgênero é a prosa poética, marcada pela tipologia dialogal. 



























15)  ABAIXO- ASSINADO:  é um tipo de solicitação coletiva feita em um documento para pedir algo de interesse comum a uma autoridade ou para manifestar apoio a alguém ou demonstrar queixa ou protesto coletivo.


1) CONTO:

CONTO é uma obra de ficção, um texto ficcional. Cria um universo de seres e acontecimentos de ficção, de fantasia ou imaginação. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo.
Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. Mais curto que a novela ou o 
romance, o conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax. Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o conto. O conto é conciso.
Grande flexibilidade
Por outro lado, o conto é um gênero literário que apresenta uma grande flexibilidade, podendo se aproximar da poesia e da crônica. Os historiadores afirmam que os ancestrais do conto são o mito, a lenda, a parábola, o conto de fadas e mesmo a anedota.
O primeiro passo para a compreensão de um conto é fazer uma leitura corrida do texto, do começo ao fim. Através dela verificamos a extensão do conto, a quantidade de parágrafos, as linhas gerais da história, a linguagem empregada pelo autor. Enfim, pegamos o “tom” do texto.
O conto e suas demarcações
O ato de contar histórias remonta a épocas antigas dentre a história da humanidade. A verdade é que a maioria das pessoas, em um determinado momento de sua existência, já teve a oportunidade de se entreter em meio às encantadoras ou até mesmo às horripilantes histórias contadas pelos nossos antepassados, não é mesmo? Quando nos reportamos à referida ocorrência, sabemos que toda história se perfaz de um encadeamento de fatos, e que estes ao serem narrados vão conferindo sentido ao enredo e envolvendo o interlocutor mediante os acontecimentos. Tal particularidade permite que o conto, didaticamente, pertença ao chamado gênero narrativo consoante aos padrões estabelecidos pela Literatura.
Como dito anteriormente, o conto tem origem antiga. Sua manifestação está condicionada desde as narrativas orais dos antigos povos proferidas em noites de luar, passando pelas narrativas dos bardos gregos e romanos, lendas orientais, parábolas bíblicas, novelas medievais, fábulas de Esopo e La Fontaine, até chegar aos livros, os quais, atualmente, fazem parte do nosso conhecimento.
Analisemos, pois, de modo particular cada um dos traços demarcadores do gênero em questão:
Enredo – Trata-se da história propriamente dita, na qual os fatos são organizados de acordo com uma sequência lógica de acontecimentos. Ao nos referirmos a essa logicidade, estamos também nos reportando à ideia da verossimilhança.
Mesmo em se tratando de fatos ficcionais (inventados), o discurso requer uma certa coerência, com vistas a proporcionar no leitor uma impressão de que os fatos, situados em um dado contexto, realmente são passíveis de acontecer. O enredo compõe-se de determinados elementos que lhe conferem a devida credibilidade, fazendo com que se instaure um clima de envolvimento entre os interlocutores para que a finalidade discursiva seja realmente concretizada. Vejamos:
O conflito talvez seja a parte elementar de toda essa “trama”, pois é ele que confere motivação ao leitor/ouvinte, instigando-o a se envolver cada vez mais com a história. E para que haja essa interação, os fatos se devem a uma estruturação do próprio enredo, assim delimitada:
A introdução (ou apresentação) – Geralmente, constitui o começo da história, na qual o narrador apresenta os fatos iniciais, revela os protagonistas e eventualmente demarca o tempo e/ou espaço. Trata-se de uma parte extremamente importante, haja vista que tende a atrair a atenção do leitor, situando-o diante do discurso apresentado.
A complicação (ou desenvolvimento) – Nessa parte do enredo é que começa a se instaurar o conflito.
O clímax – Trata-se do momento culminante da narrativa, aquele de maior tensão, no qual o conflito atinge seu ponto máximo.
O desfecho – Conferidos toda essa tramitação, é chegado o momento de partirmos para uma solução dos fatos apresentados. Lembrando que esse final poderá muitas vezes nos surpreender, revelando-se como trágico, cômico, triste, alegre, entre outras formas.
Tempo – Revela o momento em que tudo acontece, podendo ser classificado em cronológico e psicológico.
O tempo cronológico, como bem retrata a origem do vocábulo, é marcado pela ordem natural dos acontecimentos, ou seja, delimitado pelos ponteiros do relógio, pelos dias, meses, anos, séculos. Tendem a desencadear uma sequência linear dos fatos.
Já o psicológico é voltado para os elementos de ordem sentimental dos personagens, revelado pelas emoções, pela imaginação e pelas lembranças do passado. Notamos que nesta ocorrência, a tendência dos acontecimentos é fugir da ordem natural em que muito se aplica uma técnica denominada de flashback, a qual consiste num fluxo de consciência em voltar ao tempo, de acordo com as experiências antes vividas.
O espaço – É o lugar onde se passam os fatos. Caracteriza-se como físico (geográfico), representados por ruas, praças, avenidas, cidades, dentre outros; e psicológico, referindo-se às condições socioeconômicas, morais e psicológicas condizentes às personagens. Possibilitando, portanto, situá-las na época e no grupo social em que se passa a história.
















CONTO: O tempo e as jabuticabas

          Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
          Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio. Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
      Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
      Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. “Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
           Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo”. O essencial faz a vida valer a pena.                                                                 Rubem Alves

CONTO: ESPELHO
















Entre tantos espelhos já mirados. Aquele teve algo de mágico.  Era uma noite maravilhosa e os brindes já tinham sido feitos. O vinho era da melhor safra e os aperitivos requintadíssimos. O que mais poderia faltar? Os olhares ao se cruzarem transmitiram a paixão e o amor. Todos
os instantes deveriam ser vividos como preciosos. Foram muitos anos esperados para aquele encontro. A música tocando suavemente tornou o clima ainda mais propício. Foram noivos numa primavera da década de 90. Mas muitas pessoas e fatos os afastaram cruelmente. Lisa era o apelido que ele dera a ela. Apesar de toda a família sempre a chamar por seu nome de batismo. Beatriz Lisandra. A nobreza que a envolveu a vida inteira a fez soberba. Mesmo com tanta pompa. Cultivou o ar de menina e o coração sangrando de amor por Leonardo. Gentilmente chamado por Leo. Seu rosto não era mais de um rapaz. A barba grande já estava grisalha. E o seu sorriso era menos brilhante. Ao sabor do vinho e entre o calor da vontade de se abraçarem. Começaram a dançar no ritmo proposto pela música. E bem em frente ao espelho. Puderam contemplar dois amantes. Que mesmo contra os estragos que o tempo pode fazer. Carregaram nos corações: o mesmo jeito de amar.
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CONTO : Casa de Vô









      Todo avô toma remédio, usa dentadura e tira soneca depois do almoço. O meu, não. Não toma pílula nem xarope. E, à tarde, fica acordado, brincando comigo. Dentadura? Isso ele usa. Mas, de resto, é diferente.  Minha avó também não é igual as outras. Enquanto toda avó borda e faz bolo de chocolate, ela só costura para fazer remendos nas roupas e só cozinha no fim de semana. E quase nunca está em casa. De calça comprida (enquanto todas as avós do mundo usam saia), sai cedinho para trabalhar e nos deixa sozinhos. Daí, o guarda-roupa dela vira elevador. Basta eu entrar e me sentar nas caixas de sapatos para vovô encostar as portas e, como ascensorista, anunciar: 
     - Primeiro andar! Roupas e bonecas. Segundo andar! Balas de goma, móveis e crianças perdidas... 
      A parede da sala é transformada em galeria de arte com pinturas emolduradas em fita crepe e, o tapete, em tablado de exposição de botões raros, que jamais combinariam com qualquer roupa normal. 
      Ao cair da tarde, na garagem vazia, enquanto o papagaio e os cachorros conversam misturando latidos, uivos e risadas, ele espalha alguns pedacinhos de papel pelo chão. É a brincadeira do Pisei. 
      - Hã? Como assim?, pergunto. Essa é nova. 
Vovô explica sua invenção: 
      - Memorize onde estão os papéis. Feche os olhos e comece a caminhar. Tente pisar em cima deles. Pode ir perguntando "Pisei?" para facilitar. Ganha o jogo quem pisar em mais pedaços. 
Eu começo. 
       - Pisei?, pergunto, dando o primeiro passo, apertando os olhos. 
       - Não!
       - Pisei?, insisto mais uma vez, depois de caminhar um tiquinho. 
       - Não! 
      Ouço um barulho de chaves. Vovó chega, cansada, do trabalho. Diz "Oi". Sei que é para mim, mas não posso abrir os olhos para responder. É quebra de regra. 
      - Tudo bem, vó? Quer brincar de Pisei?, convido. 
      - Agora, não, minha riqueza. Vovó vai descansar. 
      Vovô continua a me guiar, já sentado na cadeira de praia, lendo o jornal. Não vi, mas escutei o barulho dela sendo armada e das folhas nas mãos dele.  Sigo. 
     _Pisei? 
     - Pisei? 
     - Pisei? 
     E nada. 
     Sinto meus pés tropeçarem em algo. Abro os olhos. Vovô, a minha frente, de braços abertos, pronto para um abraço de vitória. 
   - Mas eu não pisei em nenhum papelzinho, vô, digo, meio desanimada, mas já engalfinhada e feliz, nos braços dele. 
   - O vento foi levando tudo para o cantinho do portão, ele explica, sorrindo. 
    - E por que o senhor não me avisou? A gente poderia ter colado os pedacinhos no chão e recomeçado... 
    - Porque eu queria que a brincadeira terminasse com você perto de mim.
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CLASSES GRAMATICAIS









1) SUBSTANTIVO


Os substantivos são palavras que usamos para nomear os seres e as coisas. Possuem classificação e flexionam-se em gênero, número e grau.
Quanto à classificação podem ser:
Concretos tratam de coisas reais, ou tidas como reais.
ex homem, menino, lobisomem, fada.
Abstratos  Quando tratam de estados e qualidades, sentimentos e ações.
Ex: vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).
Simples    Quando formados por um só radical.
ex: flor, tempo, chuva...
Compostos   Quando possuem mais de um radical.
ex: couve-flor, passatempo, guarda-chuva...
Primitivos  Quando não derivam de outra palavra da língua portuguesa.
ex:     pedra, ferro, porta...
Derivados   Quando derivam de outra palavra da língua portuguesa.
 ex:  pedreira, pedreiro, ferreiro, portaria...
Comuns   Quando se referem a seres da mesma espécie, sem especificá-los.
ex:  país, cidade, pessoa...
Próprios   Quando se referem a seres, pessoas, entidades determinados. São escritos sempre com inicial maiúscula.
ex:     Brasil, Santos, João, Deus...
Coletivos     Quando se referem a um conjunto de seres da mesma espécie.
ex:   álbum (fotografias, selos), biblioteca (livros), código (leis)...
Os substantivos flexionam-se em gênero para indicar o sexo dos seres vivos. (quanto aos seres inanimados a classificação é convencional).
Masculino     Quando podem ser precedidos dos artigos o ou os.
Feminino      Quando podem ser precedidos dos artigos a ou as.
Existem ainda substantivos que são uniformes em gênero:
1)   Epicenos  Quando um só gênero se refere a animais macho e fêmea.
ex: jacaré (macho ou fêmea)... cobra(macho ou fêmea)  etc
2)   Sobrecomuns   Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.
ex: a criança (tanto menino quanto menina)
3)   Comuns de dois gêneros: Quando uma só forma existe para se referir a
indivíduos dos dois sexos.
ex: o artista, a artista, o dentista, a dentista...
Flexionam-se em número para indicar a quantidade (um ou mais seres).
1)Singular   Quando se refere a um único ser ou grupo de seres.
ex: homem, povo, flor...
2) Plural   Quando se refere a mais de um ser ou grupo de seres.
ex: homens, povos, flores...
Existem ainda substantivos que só se empregam no plural.
ex:   férias, pêsames, núpcias...
Flexionam-se em grau para se referir ao tamanho e também emprestar significado pejorativo, afetivo, etc.
1     A)      Normal: gente, povo...
2      B )     Aumentativo: gentalha, povão (com sentido pejorativo)
3      C )     Diminutivo: gentinha, povinho (com sentido pejorativo)

 ATIVIDADES
1. Assinale a opção em que o termo destacado é substantivo e não adjetivo:
a) Na escuridão miserável ela entrou;               c) Na miserável escuridão ela se perdeu;
b) A miserável perdeu-se na escuridão;            d) A menina era miserável.
  e) A miserável menina perdeu-se na escuridão;
2)  Em “Ao começar a trovoada, o dentista  mal teve tempo  de estacionar seu carro na garagem. “, os substantivos destacados classificam- se como:
a) derivado, derivado e primitivo.                        b) derivado, primitivo e primitivo.       
 c) primitivo, derivado e derivado.                       d) primitivo, primitivo e derivado
3)O grama: unidade de medida;               a grama: capim.
Assinalar a  alternativa  em que a palavra, passando para o feminino, não muda de sentido,
a) O rádio - A rádio                                                     b) O estepe - A estepe   
c)  O colega - A colega                                               d) O cabeça - A cabeça
4)

Continho
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada do meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:
 - Você aí, menino, para onde vai essa estrada?
 - Ela não vai não: nós é que vamos nela.
 - Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
 - Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.
                                       (Paulo Mendes Campos)
-Considere as afirmativas:
I-Na linha 1 do texto há um substantivo e três adjetivos.
II- A expressão “de Pernambuco” é uma locução adjetiva.
III-A palavra “soalheira”   é  formada por derivação sufixal.
  Está(ão) correta(s):
  a)Apenas 1.      b)Apenas II.         c)Apenas III.       d)Apenas I e II.         e)I, II e III
5) Identifique o substantivo que só se usa no plural:
a) lápis                     b) pires                 c)   tênis                       d) ônibus                     e) idos
6) Assinale a alternativa em que todos os substantivos são masculinos:
a) enigma- idioma- cal                                      b) pianista- presidente –planta
c) champanha – dó(=pena) – telefonema             d) estudante-cal- alface
e) edema – diabete – alface
7)Indique o grupo de substantivo que só admite o artigo “o” : 
a) telefonema – eclipse – afã              b) trama- eclipse – omoplata
c) contrato- eczema- apendicite           d) cal - sentinela - borboleta
8) Marque a alternativa em que haja somente substantivos sobrecomuns:
( Quando um só gênero se refere a homem ou mulher) ex. A criança
a) pianista-estudante- criança       b) dentista- borboleta- comentarista
c) crocodilo- sabiá- testemunha     d) vítima- cadáver- jacaré
9)  Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm um significado; e no feminino têm outro, diferente. Marque a alternativa em que há um substantivo que não corresponde ao seu significado
a) O capital = dinheiro;                                   b) O grama = unidade de medida;                    A capital = cidade principal.                             A grama = vegetação rasteira; 

c) O rádio = aparelho transmissor;                    d) O cabeça = o chefe            
    A rádio = estação geradora;                            A cabeça = parte do corpo;

e) A cura = o médico.
    O cura = ato de curar.
10) Indique a alternativa em que todos os substantivos são abstratos:
a) tempo – caderno – saudade – ausência – esperança– imagem;
b) angústia – borracha – luz – ausência – esperança –inimizade;
c) inimigo – luz – esperança – espaço – tempo- lápis;
d) angústia – saudade – ausência – esperança – inimizade;
e) espaço – olhos – luz – lábios – ausência – esperança.

GABARITO:
1) B     2)  B     3)  B    4) E       5) E       6)  C    7) A   8) A  9) E  10) D  11) 

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2)  ADJETIVO

   












Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, característica, aspecto ou estado. Podem ser simples, sendo formados por apenas um radical, ou compostos, sendo formados por dois ou mais radicais.
Exemplos de adjetivos simples  A maçã é vermelha. /O menino é muito bonito.  Minha mãe está zangada.
Exemplos de adjetivos compostos:    Meu vestido verde-escuro está estragado. /Meu pai é franco-brasileiro./Que menino mal-educado!
Os adjetivos variam em gênero (masculino e feminino), em número (singular e plural) e em grau (normal, comparativo e superlativo).
Gênero dos adjetivos                                   
Relativamente ao gênero, os adjetivos podem ser biformes ou uniformes.
Os adjetivos biformes apresentam duas formas, uma para o gênero masculino e outra para o gênero feminino.
Exemplos: Helena é uma menina simpática.    Paulo é um menino simpático.
A blusa é vermelha.  O casado é vermelho.
Os adjetivos uniformes apresentam sempre a mesma forma, quer no gênero feminino, quer no gênero masculino. Normalmente, os adjetivos terminados em -e, -z, -m e -l são adjetivos uniformes.
Exemplos:  Helena é uma menina feliz.    Paulo é um menino feliz.
A blusa é azul.  O casado é azul.
Número dos adjetivos
Para a formação do plural dos adjetivos simples, são utilizadas as mesmas regras de formação do plural dos substantivos, sendo a principal regra acrescentar a letra s no final da palavra.
Exemplos:  A pera madura. /As peras maduras.
O homem resmungão. /Os homens resmungões.
Para a formação do plural dos adjetivos compostos, apenas o último elemento varia em número, indo para o plural:
Exemplos:   Minha tia é afro-brasileira.  / Minhas tias são afro-brasileiras.
Este aluno é mal-educado!  /Estes alunos são mal-educados!
Contudo, o adjetivo composto se mantém invariável no plural se for formado por um substantivo no último elemento.
Exemplos:   A parede é amarelo-canário.         As paredes são amarelo-canário.
Grau dos adjetivos

Relativamente ao grau, os adjetivos podem estar no grau normal, no grau comparativo ou no grau superlativo, indicando diferentes intensidades com que um adjetivo pode caracterizar um substantivo.
Grau normal: O Mateus é inteligente.
Grau comparativo de superioridade: O Mateus é mais inteligente que o Bruno.
Grau comparativo de inferioridade: O Mateus é menos inteligente que a Camila.
Grau comparativo de igualdade: O Mateus é tão inteligente quanto a Luana.
Grau superlativo relativo de superioridade: O Mateus é o mais inteligente da turma.
Grau superlativo relativo de inferioridade: O Mateus é o menos inteligente da turma.
Grau superlativo absoluto analítico: O Mateus é muito inteligente.
Grau superlativo absoluto sintético: O Mateus é inteligentíssimo.
Formação dos adjetivos
Quando à sua formação, os adjetivos podem ser simples ou compostos, conformo explicado acima, mas também podem ser primitivos ou derivados.
Adjetivos primitivos são adjetivos cuja origem não reside em outras palavras da língua portuguesa, mas sim em palavras de outras línguas.
Exemplos: feliz, bom, azul, triste, grande,…
Adjetivos derivados são adjetivos cuja origem reside em outras palavras da língua portuguesa, ou seja, derivam de substantivos ou verbos.
Exemplos: magrelo, avermelhado, apaixonado,…
Os adjetivos pátrios, que nomeiam as pessoas conforme o local onde nascem ou vivem, são adjetivos derivados, dado que têm quase sempre sua origem no nome do lugar a que se referem.
Exemplos:
Adjetivos pátrios dos estados brasileiros
·         Acre –  acreano
·         Alagoas – alagoano ou alagoense
·         Amapá – amapaense
·         Amazonas – amazonense
·         Bahia – baiano
·         Ceará – cearense
·         Distrito Federal – brasiliense
·         Espírito Santo – espírito-santense ou capixaba
·         Goiás – goiano
·         Maranhão – maranhense
·         Mato Grosso – mato-grossense
·         Mato Grosso do Sul – mato-grossense-do-sul ou sul-mato-grossense
·         Minas Gerais – mineiro ou geralista
·         Pará – paraense,
·         Paraíba – paraibano
·         Paraná – paranaense,
·         Pernambuco – pernambucano
·         Piauí – piauiense
·         Rio de Janeiro – fluminense
·         Rio Grande do Norte – rio-grandense-do-norte, norte-rio-grandense ou potiguar
·          
·         Rio Grande do Sul – rio-grandense-do-sul, sul-rio-grandense ou gaúcho
·         Rondônia – rondoniense ou rondoniano
·         Roraima – roraimense
·         Santa Catarina – catarinense, santa-catarinense
·         São Paulo – paulista
·         Sergipe – sergipano ou sergipense
·         Tocantins – tocantinense
Adjetivos pátrios das capitais brasileiras
·         Aracaju (Sergipe) – aracajuano ou aracajuense
·         Belém (Pará) – belenense
·         Belo Horizonte (Minas Gerais) – belo-horizontino
·         Boa Vista (Roraima) – boa-vistense
·         Brasília (Distrito Federal) – brasiliense ou candango
·         Campo Grande (Mato Grosso do Sul) – campo-grandense
·         Cuiabá (Mato Grosso) – cuiabano
·         Curitiba (Paraná) – curitibano
·         Florianópolis (Santa Catarina) – florianopolitano
·         Fortaleza (Ceará) – fortalezense
·         Goiânia (Goiás) – goianiense
·         João Pessoa (Paraíba) – pessoense
·         Macapá (Amapá) – macapaense
·         Maceió (Alagoas) – maceioense
·         Manaus (Amazonas) – manauense,
·         Natal (Rio Grande do Norte) – natalense
·         Palmas (Tocantins) – palmense
·         Porto Alegre (Rio Grande do Sul) – porto-alegrense
·         Porto Velho (Rondônia) – porto-velhense
·         Recife (Pernambuco) – recifense
·         Rio Branco (Acre) – rio-branquense
·         Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) – carioca
·         Salvador (Bahia) – soteropolitano ou salvadorense
·          
·         São Luís (Maranhão) – são-luisense
·         São Paulo (São Paulo) – paulistano
·         Teresina (Piauí) – teresinense
·         Vitória (Espírito Santo) – vitoriense
LOCUÇÃO ADJETIVA
É a reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.)
Por exemplo:  aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada).
Observe outros exemplos:

de águia
aquilino
de aluno
Discente
de anjo
angelical
de ano
anual
de aranha
aracnídeo
de asno
asinino
de baço
esplênico
de bispo
episcopal
de bode
hircino
de boi
bovino
de bronze
brônzeo ou êneo
de cabelo
capilar
de cabra
caprino
de campo
campestre ou rural
de cão
canino
de carneiro
arietino
de cavalo
cavalar, equino, equídio ou hípico
de chumbo
plúmbeo
de chuva
pluvial
de cinza
cinéreo
de coelho
cunicular
de cobre
cúprico
de couro
coriáceo
de criança
pueril
de dedo
digital
de diamante
diamantino ou adamantino
de elefante
elefantino
de enxofre
sulfúrico
de esmeralda
esmeraldino
de estômago
estomacal ou gástrico
de falcão
falconídeo
de farinha
farináceo
de fera
ferino
de ferro
férreo
de fígado
figadal ou hepático
de fogo
ígneo
de gafanhoto
acrídeo
de garganta
gutural
de gelo
glacial
de gesso
gípseo
de guerra
Bélico







ATIVIDADES:
1.Relativamente à concordância de adjetivos compostos  indicativos de cores, uma dentre as seguintes alternativas está INCORRETA. Qual?
a) Pele morena-clara.                         b) Vestidos amarelo-ouro   
c) Blusas  vermelho-sangue              d) Olhos castanho-escuros
2.Os jogadores eram  latino-americanos. Seus olhos e cabelos eram castanho-claros e brilhantes. Usavam uniformes verde-limão e sandálias azul-piscinas, um traje bizarro. De acordo com a sequência dos adjetivos compostos presentes nesse texto, um está flexionado de forma incorreta. Qual?
    a) O primeiro.         b) O segundo.           c) O terceiro.             d) O último.
3. Assinale a única alternativa em que não há adjetivo ou locução adjetiva.
a) “A vida é combate,/ Que aos fracos abate,/Que os fortes, os bravos,/ Só pode exaltar.” (Gonçalves Dias)
 b) “Alguns dias dava-lhe gana de satisfazer o apetite, devorando lascas de pirarucu assado, com farinha d’água e lata  de marmelada,..” (Inglês de Sousa)
c) Para os índios, o ingresso na vida adulta é sinônimo de mudanças mais radicais. Eles precisam ter coragem e  sangue-frio para cumprir os rituais de passagem.
d) Para os brancos, penugens no rosto e menstruação representam “os rituais” de que necessitam para a chamada vida de adulto. ?
4. Qual das frases abaixo apresenta locução adjetiva?
a) Foi importante a construção da ponte.          b) Já comeste queijo de Minas?
c) A casa fora povoada de malandros.              d) Chegou rápido a resposta ao jornalista.
5. Grife os adjetivos presentes nas frases a seguir.
 a)  As águas frescas do rio lembram um delicioso banho.
b) Pessoas apressadas vão para o trabalho. 
c) As misteriosas sombras provocaram medo.
d) A luz clara da lua clareia os caminhos à noite.
e) As nuvens, brancas e formosas, passeiam pelo céu. 
 f) As estrelas brilhantes enfeitam o céu.
g) Grandes e belas árvores enfeitam o parque.
 h) O mar agitado assusta os pescadores.
i) Pedro é animado.                              
 j) O rio calmo corre tranquilamente.
k) As meninas alegres foram à escola.     
 l) Pessoas agitadas rodeavam o doente.
m)  As nuvens, brancas e leves, cobrem o horizonte.  
 n) O mar revolto assusta.
o)As misteriosas sombras provocaram medo.  
 p)  Ele era um mentiroso.
q)Estas bonitas violetas cresceram no meu jardim.
r) As estrelas cintilantes embelezam o céu. 
s) A luz clara e suave da lua ilumina as noites.
t) As noites escuras e chuvosas tornam a cidade deserta.
u) Pessoas apressadas correm para a estação.
v) As águas tranquilas do mar convidam a um bom banho.
6) Marque um “X” nas frases em que a palavra destacada é um adjetivo.
a)As goiabas doces eram vendidas pelos feirantes.
b) Naquele sítio os visitantes comem muitos doces
c) Uma velha atendeu-me na porta.
d) Uma saia velha foi encontrada na rua. As pessoas acharam o homem estranho.
 e) Um estranho chegou ao bar.
 F) Ontem deu lugar para um velhinho no ônibus.
g) Meu sapato já está bem velhinho, preciso de outro.
h) O povo brasileiro espera com expectativa a copa do mundo.
i) O brasileiro adora comemorar!
j) O pão francês é o mais gostoso para o café da manhã.
k) O francês veio passar o carnaval no Brasil e ficou maravilhado.
l) Precisa-se de jovens magros para modelo.  
M) Os magros nem sempre são saudáveis.
n) Foi um belo espetáculo! 
 O) A estética estuda o belo.  
P) João é um aluno estudioso.
q) Os estudiosos não tiveram do que reclamar. 
R)Eike Batista era um homem rico.
s) Os ricos moram ali.
7) Complete as frases com adjetivos adequados.
 a) As montanhas da Serra do Mar são _____________________.

b) Um ________________________ sorriso iluminou-lhe o rosto _____________
c) Tenho uma amiga ___________________________ chamada Karin.
d) Marieta e Mariana são __________________________.
e) Não como este chocolate, porque está _________________________.
f) Estes livros são ___________________________. G) A gasolina é um produto _____________________________.      h) No meu ___________________________ jardim florescem violetas _________________________
i) A viagem a Ouro Preto foi ____________________________.   J)    Vi uns meninos com roupas ___________________________ e sapatos ___________________________.
k) Os ___________________________ e ___________________________ bem-te-vis me acordam toda manhã.   L) Tenho uma _________________________ ideia!
m) Os cachorros de Carlos são _____________________________.
N) As borboletas __________________________ dançam sobre as flores _________________________.
8) Escrava ao lado de cada adjetivo a seguir, um substantivo a que você possa atribuir a característica indicada.
a) ____________________  prateado.   b) ___________________________ maduras.
c)_____________________distante.    d) ___________________________ nervosos.
e) ____________________ espaçoso.   f) __________________________ inteligente.
g)____________________   afiada.       H)__________________________venenosa.
i)_____________________ competente.j) ___________________________ nojento.
k)_____________________podre.          L)______________________desagradável.
m)_____________________confortável. N)________________________ branco.
0)______________________saboroso.
9) Reescreva as frases no feminino plural.
a) O professor inglês cuidou do velho cristão a noite toda.
b) O cidadão é um homem ativo na sociedade.)

c) O operário inexperiente aprendia com seu mestre inteligente.
d) O garoto parecia meio confuso.
e) Este menino tão pequenino quer ser bailarino.
f) O menino estudioso recebeu uma boa nota.
 g) O homem português recebeu congratulações.

GABARITO:respostas no meu e-mail do dia 25. 06.2014
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  3)  ADVÉRBIO

Na palavra advérbio, tal qual em adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade. Essa proximidade faz referência ao processo verbal, indicando as circunstâncias em que esse processo verbal se desenvolve. Quando acompanhado por preposição, é chamado de locução adverbial.
CLASSIFICAÇÃO DO ADVÉRBIO
De acordo com as circunstâncias que exprimem o advérbio, ou locução adverbial, possuem a seguinte classificação:

Afirmação
Quero sim.
Certamente venceremos.
Ele é realmente melhor.
Foi o que efetivamente disse.
Decerto era gay.

Outros: deverasdecididamenteindubitavelmente.


Negação
Não quero nem posso.
Nunca diga nunca.
De modo algum farei isso.

Outros: jamaistampoucode forma nenhumade jeito nenhum.


Dúvida
Acaso é o servo maior que o mestre?
Porventura comeste tu do fruto proibido?
Talvez haja dez justos na cidade.
É difícil, quiçá impossível, desvencilha-se de todo orgulho.

Outros: possivelmenteprovavelmentecasualmentequem sabe.


Tempo
Logo anoitecerá, o sol  está se pondo.
Ninguém confia no PT hoje em dia.
A mudança ocorrerá a qualquer momento.
De vez em quando todos nós erramos.
Ele morreu de repente.

Outros: antigamenteprimeiramenteontemantesdantescedo,tardeoraagoraimediatamentesempreconstantementeàs vezes,amanhãdepoisoutrorabreveprovisoriamentesucessivamenteà tardeà noitede manhãde repentede vez em quandode quando em quandoa qualquer momentode tempos em temposhoje em dia.


Lugar
Ela está ali.
Coloque isso atrás do vaso, perto das flores.
Aconteceu à distância de 100 metros da escola.

Outros: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá,detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo,defronte, adentro, afora, alhures, aquém, embaixo, externamentea distanciaà distancia dede longede pertoem cimaà direitaà esquerdaao ladoem volta.

OBS: Três advérbios pronominais indefinidos de lugar vão caindo em desuso: alguresalhures e nenhures, substituídos por em algum lugarem outro lugar e em nenhum lugar;


Modo
Eu te quero bem. (quero deste modo)
Eu te quero assim como é. (quero deste modo)
Está sempre saindo às pressas. (saindo deste modo)
Vai me matando aos poucos. (matando deste modo)
Terminou a redação calmamente. (terminou deste modo)
Desse jeito eu morro. (deste modo morro)
Foi tudo em vão. (foi deste modo)
Enfrentamo-nos frente a frente. (enfrentamo-nos deste modo)

Outros: maldevagardepressaàs clarasàs cegasà toaà vontadeàs escondasdesse mododessa maneiralado a ladoa péde cor, e a maior parte dos que terminam em [-mente]: tristemente,propositadamentepacientementeamorosamentedocemente,bondosamente.

OBS: Quando os advérbios terminados em -mente estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só no último.
Falou rápida e pausadamente.


Intensidade
Ele é muito bom.
Estudou pouco para fazer a prova.
Chutei mais forte.
Despejou água no copo em excesso.
Tanto repetiu que acabou decorando.
Não sabia quão orgulhosa era ela.
Não é tão experto quanto pensa.
Ficamos noivos de pouco, nos conhecemos de muito.
Ele não é de todo ruim.

Outros: nadamenosquasemaisdemaisbastantedemasiadotudo,assazque (equivalente a quão), bem (relativo a quantidade), por demais.

ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS

São advérbios interrogativos e podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas interrogativas indiretas:

Quando => se refere às circunstâncias de tempo
Como => se refere às circunstâncias de modo
Onde => se refere às circunstâncias de lugar
Por que => se referem às circunstâncias de causa


Circunstância
Interrogativa Direta
Interrogativa Indireta
Tempo
Quando sairemos?
Não sei quando sairemos.
Modo
Como você caiu?
Não sei como você caiu.
Lugar
Onde você mora?
Não sei onde você mora.
Causa
Por que você não veio?
Não sei por que você não veio.
ADJETIVOS ADVERBIALIZADOS

Consideramos adjetivos adverbializados aqueles empregados com valor de advérbio. Por isso, são mantidos invariáveis, não sofrem flexão. As palavras destacadas nos exemplos seguintes são naturalmente adjetivos, mas estão sendo usadas com o valor do advérbio em parênteses, trata-se de adjetivos adverbializados.

A vida passa muito rápido. (rapidamente)
A seleção venceu fácil o jogo. (facilmente)
Esta cerveja desce redondo. (suavemente)
Alguns falam muito baixo e outras muito alto.  (fracamente, fortemente

ASSOCIAÇÃO DO ADVÉRBIO

O advérbio pode caracterizar verbo, adjetivo ou outro advérbio.

Advérbio associado a Verbo 
A Bela Adormecida dormiu.
A Bela Adormecida dormiu profundamente.
Note que a palavra profundamente dá um significado maior à ação de dormir, e nos informa a intensidade com a qual a Bela Adormecida dormia: profundamente.

Advérbio associado a Advérbio
Minha mãe está bem
Minha mãe está muito bem.
Neste exemplo, temos o advérbio de intensidade muito intensificando o advérbio de modo bem.

Advérbio associado a Adjetivo
Pedro estava apressado.
Pedro estava bastante apressado.
Pode-se perceber que na primeira frase tem-se apenas o adjetivo "apressado", que se refere ao sujeito Pedro. Já na segunda frase, este adjetivo ganha intensidade devido à presença do advérbio de intensidade "bastante".
Dica de memorização
Lembre-se que Advérbio modifica Advérbio 
                                                              Adjetivo
                                                                    verbo
                                                              Advérbio
DISTINÇÃO ENTRE ADVÉRBIO E PRONOME INDEFINIDO
Alguns termos como: muito, menos, demais, bastante, etc., podem aparecer como advérbio ou como pronome indefinido. Veja como diferenciá-las:

Advérbio: modifica Advérbio não sofre flexão nem de gênero nem número.
Pronome indefinidorelaciona-se a substantivo e sofre flexões.


Existe muito homem frouxo e muita mulher valente.
Apenas com este exemplo já podemos perceber que o termo “muito” varia em gênero, logo é um pronome.

Muito trabalhador não tem carteira assinada.
Muitos trabalhadores não têm carteira assinada.
Neste exemplo, podemos verificar que podemos flexionar o termo “muito” em número, logo é pronome.

Muito trabalho e não tenho carteira assinada.
Muito trabalhamos e não temos carteiras assinada.
Não flexiona, logo é advérbio.
FLEXÃO DE GRAU DO ADVÉRBIO
O advérbio é uma palavra invariável em número e gênero, mas é flexionado em grau. Igualmente aos adjetivos, o advérbio admite dois graus: comparativo e superlativo.
GRAU COMPARATIVO

Igualdadetão + advérbio + quanto  
Roberto joga tão bem quanto Lúcio.
Ferrari anda tão depressa quanto Mclaren.


Inferioridademenos + advérbio + que (do que)
Ele pensa menos orgulhosamente que ela.
Ele pensa menos orgulhosamente do que ela.


Superioridade
Analítico: mais + advérbio + que (do que)
Ele fala mais corretamente que os outros.
Ele fala mais corretamente do que os outros.

Sintético: melhor que ou pior que.
Ele fala melhor que os outros.
Ele fala pior que os outros.
GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO

Analítico: acompanhado de outro advérbio.
Ele dirige bem.
Ele dirige muito bem.

Sintético: formado com sufixos.
Carlos fala baixíssimo.
Robson bebeu muitíssimo.

OBS: Na linguagem popular, alguns advérbios assumem forma diminutiva, mas com ideia de intensidade, a modo de superlativo.
Você precisa acordar cedinho amanhã.
O shopping fica pertinho do trabalho.
PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS
As palavras e locuções denotativas são classificadas à parte pela NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) porque não se enquadram em nenhuma das dez classes gramaticais. Antigamente, eram consideradas advérbios, hoje são classificadas de acordo com o significado que elas expressam; por isso chamadas palavras denotativas e exprimem:

adição: ainda, além disso etc.
Comeu tudo e ainda queria mais.

afastamento: embora.
Foi embora daqui.

aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de etc.
É quase 1h a pé.

designação: eis.
Eis nosso carro novo.

exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas etc.
Todos saíram, exceto ela
Não me descontou sequer um real;

explicação: isto é, por exemplo, a saber etc.
Li vários livros, a saber, os clássicos.

inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive etc.
Eu também vou.
Falta tudo, até água.

limitação: só, somente, unicamente, apenas etc.
Apenas um me respondeu.
Só ele veio à festa.

realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque etc.
E você lá sabe essa questão?

retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc.
Somos três, ou melhor, quatro.

situação: então, mas, se, agora, afinal etc.
Afinal, quem perguntaria a ele?

ATIVIDADES:
1)Em todas as alternativas há dois advérbios, exceto em:  
a – Ele permaneceu muito calado.
b – Amanhã, não iremos ao cinema.
c – O menino, ontem, cantou desafinadamente.
d – Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.
e – Ela falou calma e sabiamente.
2) Analise os advérbios em destaque, classificando-os de acordo com a circunstância que a eles se referem:

a- Hoje fomos surpreendidos com a chegada dos visitantes.
b – Não me incomodo com sua impaciência.  
c – Talvez eu compareça ao seu aniversário.
d – Estamos muito contentes com sua aprovação.
e – Alegremente Pedro se despediu de sua família.
3) Complete as seguintes orações com advérbios ou locuções adverbiais de acordo com as orientações entre parênteses.
a    a)   _______________________ eu viajarei para a Europa com minha família. (dúvida)
b    b)   Eles _____________________________ assistirão à corrida. (tempo))      c)_______________________________ os melhores alunos serão premiados. (afirmação)

4  4) Nas frases a seguir, indique a circunstância expressa pelos advérbios destacados:
(  a) Os alunos se portaram muito bem.            (b) Certamente meus filhos vão vencer.
(  c) Eles foram calmamente ao concerto         (d) Talvez as meninas não compareçam.
(  e) Meus irmãos sempre vão ao baile.            (f)   Ali  estava  o que procurava.
          a)   (  ) lugar
2         b)  (   ) Intensidade                                  
          c)   (   ) Modo
4        d)   (   ) Tempo
5        e)   (   ) Dúvida

6        f)   (   ) Afirmação    



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4) 


Os artigos são a referência do substantivo. Quando quer determinar o substantivo, é imprescindível que o artigo seja usado, sendo ele definido ou indefinido.
Quando usado de maneira correta, o artigo determina o gênero (se é masculino ou feminino) e o número (se é no singular ou no plural) do substantivo, mantém a coesão no texto e realça algumas particularidades.

Artigos definidos:

São eles O, OS, A e AS. Têm como objetivo individualizar, destacar ou determinar um ser ou um objeto. Veja os exemplos:
- O violino estava desafinado há muito tempo. (O objeto já era do conhecimento do falante e do ouvinte)
- A lâmpada acabou de queimar. (O objeto é o único do local)
- Falei ontem com os meninos da rua. (Os seres já são de conhecimento do falante)
O artigo definido também pode ser usado para mencionar uma espécie. Usa o singular para demonstrar a pluralidade. Entenda melhor com os exemplos:
- O homem é um ser mortal. (“O homem” indica todos os seres humanos)
- Dizem que o brasileiro é alegre. (“O brasileiro” indica todo povo brasileiro)

Artigos indefinidos:

São eles UM, UNS, UMA e UMAS. Têm como objetivo determinar de um jeito vago um objeto ou um ser em questão. Veja alguns exemplos:
- Tem um violino que está desafinado há muito tempo. (Pode ter sido qualquer violino dentre vários)
- Uma lâmpada acabou de queimar. (Pode ter sido qualquer lâmpada do lugar)
- Falei ontem com uns meninos da rua. (Alguns dos vários meninos que existem na rua)
Se o uso dos artigos for de forma frequente, pode deixar a frase um pouco estranha. Veja:
- Sou muito feliz por ter uns pais como vocês.
- A menina ganhou uns lindos brinquedos.
Nesse caso, é melhor usar pronomes de sentido indefinido, como “certo”, “tal” e “outro”. Veja:
- Acabei não mencionando um outro caso.
- Acabei não mencionando outro caso.

Cuidado ao utilizar os artigos!

Dependendo de onde é colocado, muda a palavra seguinte de classe. Veja os exemplos abaixo:
- O cantar da cantora inglesa é belo. (A palavra “cantar” deixa de ser verbo para ser substantivo)
- O azul do mar de Fernando de Noronha é irradiante. (A palavra “azul” deixa de ser adjetivo para ser substantivo)
- Ele falou um não. (A palavra “não” deixa de ser advérbio para ser substantivo)
ATIVIDADES:










































































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5) NUMERAL



É a palavra que quantifica entes ou conceitos ou indica a posição que ocupam numa determinada ordem.

* Quando apenas nomeia o número de entes, o numeral é chamado de cardinal:
EX.: um    dois    três cinquenta    cem   cem mil

** Quando indica a ordem que o ente ocupa numa série, o numeral é denominado ordinal:
primeiro     segundo      terceiro    quinquagésimo      centésimo     milésimo

*** Os   MULTIPLICATIVOS exprimem aumentos proporcionais de quantidade, indicando números que são múltiplos de outros:
    dobro      triplo      quádruplo

**** Os  fracionários indicam a diminuição proporcional da quantidade, o seu fracionamento:
metade      um terço     um décimo


***** Os  coletivos designam conjuntos de entes e indicam o número exato de indivíduos que compõem o conjunto:
dezena       quinzena         dúzia
cento         milhar          milheiro

Emprego dos numerais
 Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:

ordinais                                             cardinais
João Paulo II (segundo)                Tomo XV (quinze)
D.Pedro II (segundo)                      Luís XVI (dezesseis)
Século VIII (oitavo)                          Século XX (vinte)
Canto IX (nono)                               João XXIII (vinte e três)

• Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante.
Artigo 1.º (primeiro)             Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono)      Artigo 21 (vinte e um)

• Para designar dias do mês, utilizam-se os cardinais, exceto na indicação do primeiro dia, que é tradicionalmente feita pelo ordinal:
Chegamos dia dois de setembro.
Chegamos dia primeiro de dezembro.

• Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência:
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade.
Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro.
                                                      ATIVIDADES:

1) Analise as duas orações que seguem e atenda ao propósito de responder ao seguinte questionamento:
O prêmio foi entregue a um garoto.
Na biblioteca havia apenas 
um garoto estudando.
Quanto à classe morfológica, os termos em destaque possuem a mesma classificação? Justifique.

2) Escreva por extenso os numerais referentes às orações em evidência.
a – Rei Henrique VII.
b – Praça dos 3 Poderes.
c – capítulo X do livro de Machado de Assis.
d – Sapato à moda Luís XV.
e – Avenida João XXIII.

3)  Assinale o item em que não é correto ler o numeral como vem indicado entre parênteses:
a – Pode-se dizer que no século IX (nono) o português já existia como língua falada. (  )
b – Pigmalião reside na casa 22 (vinte e duas) do antigo Beco do Saco do Alferes, em Aparecida. (   )
c - Abram o livro, por favor, na página 201 (duzentos e um). (   )
d – O que procuras está no art. 10 (dez) do código que tens aí à mão.(  )
e – O Papa Pio X (décimo), cuja morte teria sido apressada com o advento da Primeira Guerra Mundial, foi canonizado em 1954.(   )

4) Cardinais ou ordinais? Escreva por extenso.
a) Luis XVI   _____________________   b) Henrique VIII __________________    
c) Dom João VI __________________   d) capítulo II ______________________      
e) João XXIII  ____________________   f) Pio XII  _____________________

5) Responda que numeral multiplicativo deve ficar no lugar do espaço  branco em:
a. Vinte e um é o _____________de sete.      
 b. O __________________   de cinco é vinte.   
  c. O ______________________ de vinte é cem.


 6) Identifique se o termo destacado é numeral ou artigo indefinido.
a. Você só tem uma vida. Cuide bem dela.                                                                           
b. Ele não fala uma palavra de chinês!
c. Aqueles invasores podem representar uma ameaça para os índios.
d. A decomposição desse material pode demorar um século.

GABARITO:
1) Não, pois na primeira oração trata-se de um artigo indefinido. E na segunda, um numeral cardinal.

2) a – sétimo
b – Três
c – décimo
d – quinze
e – Vinte e Três

3) Alternativa “b”, pois é expresso pela seguinte forma: vinte e dois 
4) dezesseis, oitavo, sexto, segundo, vinte e três, doze
5)  -a)triplo,                                    b)quádruplo,              c)quíntuplo  
6) -Num., Art.,  Art. , N um.
_________________________________________________________________________________
6) PRONOMES
Pronomes são palavras que exercem função nominal, seja para substituir um substantivo, seja para acompanhá-lo (determinando o seu significado). Quando ocupa o espaço normalmente destinado para substantivos (substituindo-o), o faz indicando a pessoa (se é 1º, 2º ou 3º pessoa), o número (se é singular ou plural) e o gênero (masculino ou feminino) da pessoa do discurso. Quando apenas acompanha o substantivo, o pronome modifica, de alguma forma, a relação da pessoa do discurso com o substantivo que o acompanha.
FUNÇÃO:
função do pronome pode ser de substantivo ou adjetivo. Quando o pronome substitui um substantivo na frase, denomina-o de pronome substantivo. Quando o pronome acompanha um substantivo, determinando o seu significado, denomina-o de pronome adjetivo.
  • Pronome substantivoEla não entende nada de dinheiro → o pronome pessoal reto da 3° pessoa Ela, nessa frase, poderia ser qualquer pessoa, como por exemplo: Maria não entende nada de dinheiro. Nesse caso, não seria um pronome, mas sim um substantivo próprio (Maria), a exercer a função de núcleo do sujeito.
  • Pronome adjetivoEntregue seu destino nas mãos de Deus → o pronome possessivo masculino da 3° pessoa seu acompanha o substantivo destino, determinando-o, pois não é o meu destino, ou o destino de qualquer outra pessoa, é o seu destino. Nesse caso, o pronome se assemelha a um adjetivo, concordando em número e gênero com o substantivo que o acompanha.

Classificação dos pronomes:

1)   Opronomes pessoais possuem as funções de substituir o nome de um ser e, ao mesmo tempo, situá-lo em relação a pessoa gramatical do discurso; ou seja, indicar quem fala (1° pessoa), com quem se fala (2° pessoa) ou de quem se fala (3° pessoa), tanto no singular quanto no plural.

·         Subdividem-se os pronomes pessoais em três tipos: pronome reto e pronome oblíquo (que dependem da função sintática que exercem); e pronome de tratamento:
O Pronome reto: exerce função de sujeito.
Eles caminharam no deserto por anos → Eles  atua como sujeito da oração (os pronomes retos, quando aplicados, serão sempre o sujeito de algum verbo que o acompanha e estarão, muitas vezes, oculto na frase).
O Pronome oblíquo: exerce a função de complemento ou de objeto (direto ou indireto).
Entregue-me o que é teu → o pronome oblíquo me é o objeto indireto do verbo entregar (regido por preposição, pois entrega a alguém)
Venha comigo para o sul → o pronome oblíquo comigo atua como complemento do verbo vir, regido pela preposição com
Enterre-o no jardim → no terceiro exemplo, o pronome átono "o" é objeto direto (sem a presença de preposição, pois enterra algo ou alguma coisa);
O Pronome de tratamento: são certas palavras e locuções (com formas próprias) aplicadas em casos especiais e considerando a importância do ser a que se quer dirigir a comunicação. São usados tanto como sujeito como objetos verbais.
Vossa Excelência é um exemplo de honestidade.
Os pronomes retos e oblíquos podem assumir as seguintes formas, conforme tabela abaixo:

Pronomes Pessoais
Número
Pessoa
Retos
Oblíquos
Átono
Tônico
Singular
eu
me
mim, comigo
tu
te
ti, contigo
ele, ela
o, a, lhe
eles, elas, se, si, consigo
Plural
nós
nos
nós, conosco
vós
vos
vós, convosco
eles, elas
os, as, lhes
ele, ela, se, si, consigo

Pronomes retos

Os pronomes retos são, por excelência, pronomes substantivos, portanto, servem de substitutos dos substantivos e para representar a pessoa da oração:
Eu sou um ótimo estudante → o pronome eu substitui o nome do ser (ou seja, o substantivo) que é um ótimo estudante, por exemplo: Marcos é um ótimo estudante;
Nós partiremos nesta noite → os seres que partirão esta noite estão, resumidamente, representados pelo pronome nós;

Formas

Os pronomes pessoais retos podem mudar de forma (flexionar), dependendo do número (singular ou plural) e da pessoa gramatical (1°, 2° ou 3° pessoa) do discurso, conforme abaixo:
Pronomes Retos
Singular
Plural
1° Pessoa
Eu
Nós
2° Pessoa
Tu
Vós
3° Pessoa
Ele, Ela, Você
Eles, Elas, Vocês

Observação:

 É possível contrair as formas ele(s), ela(s) com as preposições de e em, formando as formas: dele(s), dela(s), nele(s) e nela(s). Essas formas costumam ser aplicadas quando exercem a função de predicativo do sujeito, normalmente indicando pertencimento ou localização, como por exemplo: O brinquedo é dele. Entretanto, quando o pronome exerce a função de sujeito de um verbo, a preposição não se une ao pronome: A culpa de ela quebrar o vaso é minha.

Uso

Não se deve usar os pronomes retos de maneira indiscriminada; pois, no português, a desinência verbal, normalmente, é suficiente para indicar o número e a pessoa gramatical do sujeito da ação verbal.
Como o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito a que se refere (nesse caso, sob a forma de um pronome reto) é possível, por meio da concordância verbal, deduzir a forma do pronome, mesmo que ele não esteja visível na frase (formando um sujeito oculto ou elíptico). Exemplos:
Sou um ótimo estudante → a forma que o verbo ser se apresenta é suficiente para deduzir que o sujeito da frase é o pronome reto eu, que está oculto;
Partiremos nesta noite → a desinência verbal emos do verbo partir indica que o sujeito da frase é o pronome reto Nós;
Os principais usos do pronome reto são as seguintes:
·         Quando se deseja dar ênfase ao sujeito, mas sem revelar o seu nome (ou sem determiná-lo); geralmente repetindo-o ou, simplesmente, não o ocultando:
Eu, mesmo doente, sobrevivi, mas ela não resistiu;
Ele entrou silencioso. Ele não sabia onde estava.
·         Quando se deseja opor duas pessoas, ou quando há contraste entre elas:
Eu vou naquela direção, tu vais para esta;
No fim, eu choro e ela ri;
Ambos estávamos doentes. Eu, sobrevivi. Ela não resistiu.
·         Quando se deseja representar um substantivo já anteriormente mencionado:
O Presidente é uma pessoa simpática. Ele não se cansa de abraçar o seu povo.

Função sintática

Os pronomes retos, por serem os substitutos dos substantivos, podem exercer algumas funções sintáticas próprias de substantivos, conforme abaixo:
·         Exerce função de sujeito:
Ela é uma garota insensata;
Lutarei até o fim (com o sujeito Eu elíptico).
·         Exerce função de predicativo do sujeito:
Ainda é ele em cada palavra;
Ele será tu em poucos dias.
·         Exerce função de vocativo (apenas nos pronomes tu e vós):
Ó vós, Senhor do Mundo, que és o possuidor do poder divino;
Ó tu, sim, és o filho perdido.
Observação: 

Pelo fato de os pronomes retos exercerem a função de sujeito, em frases onde há a presença do verbo, deve-se utilizar os pronomes retos. Onde não há a presença do verbo, utiliza-se os pronomes oblíquos. Por exemplo:
1.    Esse dinheiro é para eu gastar → o pronome eu (pronome reto) é o sujeito do verbo gastar, portanto, é errada a construção: "Esse dinheiro é para mim gastar", pois o mim (pronome oblíquo) jamais será sujeito, e sim complemento (lembre-se de que é a função sintática que separa os pronomes retos dos oblíquos);
2.    Esse dinheiro é para mim → nesse caso, o mim exerce a função que é própria dos pronomes oblíquos (de complemento do verbo), portanto, essa construção está correta.
Como regra, deve-se observar se há a presença de verbo acompanhando o pronome (o que exigiria que esse pronome fosse o sujeito desse verbo). Se o pronome em questão precisa ser o sujeito, então este será um pronome reto, se não houver verbo, o pronome assumirá a forma oblíqua.
Na língua falada, é muito comum o uso dos pronomes retos ele e ela na função de objeto, como por exemplo, quando se diz: Vi ele passarDeixei ela pra trás, enquanto o correto seria o uso das formas oblíquas o, a, os, as (Vi-o passar; Deixei-a para trás).
Pronomes de tratamento são todas as palavras ou expressões que referem-se a alguém da 1ª ou da 2ª pessoa gramatical como se ela estivesse na 3ª pessoa, ou representam alguém que efetivamente está na 3ª pessoa gramatical. Para fins de concordância verbal, deve-se tratar esses elementos sempre como alguém da 3ª pessoa. São consideradospronomes pessoais, pois, seu uso equivale-se aos dos pronomes retos e pronomes oblíquos (função sintática de sujeito e objeto).
Vossa Majestade deseja algo? → o pronome de tratamento leva o verbo para a 3ª pessoa do singular (Ele deseja), apesar de referi-se a alguém que efetivamenteestá na 2ª pessoa do singular (a qual a forma verbal é: Tu desejas)
Você faria um favor para mim? → utiliza-se a forma verbal da 3ª pessoa (fazer) ao invés da 2° pessoa (farias), apesar de efetivamente se referir a alguém da 2ª pessoa.

Formas

Os pronomes de tratamento possuem formas próprias quando representam a pessoa gramatical e a importância pessoal (por força do cargo ou da posição) que esse ser possui. A representação da pessoa gramatical é limitada, pois há formas específicas para cada caso, mas para representar uma pessoa de importância diferenciada, há uma lista defórmulas de tratamento que convém saber para sua correta aplicação. Quando os pronomes de tratamento referem-se a alguém pela sua importância, também é possível abreviá-lo de forma própria, portanto, há tantas abreviações quanto há pronomes.
Pronomes de Tratamento
Forma
Representação da Pessoa Gramatical
A gente
1ª pessoa gramatical do plural (nós)
Você(s)
2ª pessoa do singular (tu) ou plural (vós)
Senhor(es) e Senhora(s)
2ª pessoa do singular (tu) ou plural (vós)
Vossa + (fórmula de tratamento)
2ª pessoa do singular (tu) ou plural (vós)
Sua + (fórmula de tratamento)
3ª pessoa do singular (Ele/Ela) ou plural (Eles/Elas)
·         Uso do pronome Vossa: Quando esse pronome antecede a fórmula de tratamento, formando uma locução pronominal, a pessoa com quem se refere se encontra na 2ª pessoa gramatical, ou seja, o interlocutor emite a mensagem diretamente para a pessoa ocupante do cargo ou da posição que a fórmula de tratamento se refere (apesar de fazer parecer que a pessoa se encontra na 3ª pessoa).
Vossa Excelência é uma pessoa digna → o pronome vossa indica que a pessoa a quem se refere o pronome de tratamento está na 2ª pessoa gramatical.
·         Uso do pronome Sua: Quando esse pronome antecede a fórmula de tratamento, a pessoa a quem se refere se encontra na 3º pessoa gramatical, ou seja, a pessoa não participa da conversa.
Sua Excelência é uma pessoa digna → o pronome sua indica que alguém da 1ª pessoa se dirige para alguém na 2ª pessoa, para referi-se a outra 3ª pessoa gramatical e, por força do cargo/posição que está possui, essa referência exige o uso da fórmula de tratamento após o possessivo sua.
Fórmulas de Tratamento
Fórmula
Abreviação
Refere-se ao Cargo/Posição
Excelência
V. Ex.ª
Presidente e Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Comandantes das Forças Armadas; Oficiais Militares; Presidentes e Membros das Assembleias Legislativos Estados e das Câmaras Legislativas Municipais; Governadores e Vice-Governadores dos estados; Prefeitos Municipais; Juízes; Procuradores; Desembargadores.
Senhoria
V. S.ª
Funcionários graduados; Organizações comerciais e industriais; Particulares em geral; Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais.
Eminência
V. Em.ª
Cardeais
Excelência Reverendíssima
V. Ex.ª. Rev.ma
Arcebispos e Bispos
Santidade
V. S.
Papa
Reverendo
Rev.do
Sacerdotes; Clérigos; Religiosos.
Magnificência
V. Mag.ª
Reitores de Universidades
Alteza
1.   Real
2.   Imperial
3.   Sereníssima
V. A.
V. A. R.
V. A. I.
V. A. S.
Príncipes, Princesas e Duques:
de Casas Reais
de Casas Imperiais
para Arquiduques
Majestade
V. M.
Reis e Imperadores

Os pronomes possessivos são palavras que trazem, principalmente, a ideia de posse ou de pertencimento, indicando a quem cabe ou a quem pertence alguma coisa. Os possessivos são, na maioria das vezes, pronomes adjetivos, mas podem assumir eventualmente a função substantiva:
Ele é meu amigo → nessa frase, o possessivo meu está determinando a relação da coisa com a pessoa gramatical, no caso, indica a quem pertence o amigo.
Não chame os seus amigos. Chame os meus → no 1° caso se observa o uso do possessivo na função adjetiva (pois está determinando um substantivo e concordando com ele em gênero e número, semelhante a um adjetivo). No 2° caso, o possessivo é um pronome substantivo (pois está substituindo um substantivo, não o acompanhando).
Vale observar que, muitas vezes estes substantivos não transmitem que é dono de algo, mas simplesmente algo muito próximo ao sujeito:
Está é a minha cidade. → de fato, ninguém é dono de uma cidade, mas trata-se de um lugar em que é muito próximo ao sujeito.
Os pronomes possessivos podem variar em função do número e da pessoa gramatical do ser possuidor da coisa, e em função do número e do gênero do substantivo pertencente. Nessa relação, um único possessivo, pode, por si só, indicar se o objeto pertence a quem fala (1° pessoa), se pertence a pessoa com quem se fala (2° pessoa) ou se pertence a pessoa de quem se fala (3° pessoa) e mais ainda, se é uma ou mais pessoas possuidoras da coisa, se é uma ou várias coisas que essa pessoa (ou pessoas) possui e se essa coisa é do gênero masculino ou feminino; ou seja, é possível deduzir todas essas informações simplesmente observando a forma que o possessivo se apresenta. Para tanto, o possessivo apresenta várias formas, conforme abaixo:
Número
Pessoa
Equivalente
Pessoal
Objeto possuído
do gênero masculino
Objeto possuído
do gênero feminino
Um
Objeto
Vários
Objetos
Um
Objeto
Vários
Objetos
Singular
Eu
meu
meus
minha
minhas
Tu
teu
teus
tua
tuas
Ele (Ela)
seu
seus
sua
suas
Plural
Nós
nosso
nossos
nossa
nossas
Vós
vosso
vossos
vossa
vossas
Eles (Elas)
seu
seus
sua
suas

Para indicar que algo esta em posse da terceira pessoa do plural, pode usar-se a preposição de posse (de) mais o pronome reto (ou seja, de + ele, de + eles, de + ela, de + elas) que resulta numa contração (dele, deles, dela, delas). Caso o sujeito não seja um pronome reto, utiliza-se a preposição de posse (de) mais o nome do sujeito (ou seja, de Pablo, de Cássia, de Lucio).

Quando os pronomes demonstrativos indicam a posição do ser no espaço (em relação às pessoas do discurso) ou no tempo são chamados de dêiticos. Os pronomes demonstrativos dêiticos são variáveis. Os pronomes demonstrativos podem ainda ter a função de retomar um nome já dito.

Pronomes variáveis

Masculinos
Femininos
Singular
Plural
Singular
Plural
Primeira pessoa
este
estes
esta
estas
Segunda pessoa
esse
esses
essa
essas
Terceira pessoa
aquele
aqueles
aquela
aquelas
Tendo a concordância nominal, já que o pronome demonstrativo flexiona-se em gênero e número, trata-se de um pronome adjetivo. As pessoas são classificadas de acordo com a posição do ser no tempo ou espaço:
·         Utiliza-se a primeira pessoa quando o ser do qual se fala está perto no tempo ou espaço de quem fala;
·         Utiliza-se a segunda pessoa quando o ser do qual se fala está próxima de quem ouve ou num passado próximo;
·         Utiliza-se a terceira pessoa quando o ser do qual se fala está distante de quem fala e de quem ouve ou está no passado distante.
Em um texto, podem ser usados para retomar um nome já citado para evitar repetição, seguindo as seguintes regras:
·         Quando o nome não foi citado, usa-se a primeira pessoa;
·         Quando o nome já foi citado, usa-se a segunda pessoa;
·         Quando o nome foi citado, havendo uma grande distância no texto, pode-se usar tanto a segunda quando a terceira pessoa.
Pode haver palavras que ganham papel de pronome demonstrativo, igualmente variáveis, porém, não seguem as regras das três pessoas do discurso:
Masculino
Feminino
Singular
mesmo, o, próprio, semelhante, tal
a, mesma, própria, semelhante, tal
Plural
mesmos, os, próprios, semelhantes, tais
as, mesmas, próprias, semelhantes, tais
a, as, o, os
Acompanham o pronome relativo que ou qual (veja na próxima página) ou a conjunção integrante que:
É tudo mentira o que ele lhe falou.
As que tiveram sorte, não se molharam com a chuva.
mesma, mesmas, mesmo, mesmos
Retomam um nome já dito anteriormente (possuem sentindo de idêntico e flexões, em pessoa):
Estes mesmos sintomas eu senti novamente.
Era ela mesma que falou conosco ao telefone.
própria, próprias, próprio, próprios
Dá ênfase (possuem sentindo de idêntico e flexões, em pessoa):
própria natureza se encarregou de tudo.
Nós próprios montaremos a barraca.
tal, tais
Dão sentido completo, retomando um nome anterior (possuem sentido de este e flexões, esse e flexões, aquele e flexões):
Tal foi o dinheiro gasto.
Tais pais, tais filhos.
semelhante, semelhantes
Possuem o mesmo sentido de tal e tais, porém incompleto:
Semelhante desespero senti.
Tais pais, semelhantes filhos.
Pronomes invariáveis
Observe as seguintes frases:
Este jogo é divertido!
Isto é divertido!
Como podemos observar, o pronome este possui os mesmos valores morfossintáticos que isto, mas não semântico. Observe como seria estranho transformar isto em adjunto adnominal do núcleo do sujeito da primeira frase, jogoIsto jogo é divertido., é um tanto estranho.
Os pronomes invariáveis, diferente dos variáveis, indefinem a classe do termo retomado, diferenciando-os semanticamente: Eles são:
·         Primeira pessoa - isso
·         Segunda pessoa - isto
·         Terceira pessoa - aquilo
Contrações : Os pronomes demonstrativos podem aparecer na forma contraída (exceto mesmoprópriotalsemelhante e as flexões destes):
Contrações de pronomes demonstrativos com preposições
a
de
em
àquela, àquelas, àquele, àqueles, àquilo
da, daquela, daquelas, daquele, daqueles, daquilo, das, dessa, dessas, desse, desses, desta, destas, deste, destes, disto, do, dos
na, naquela, naquelas, naquele, naqueles, naquilo, nas, nessa, nessas, nesse, nesses, neste, nestas, neste, nestes, nisto, no, nos

Contrações de pronomes demonstrativos com outros pronomes
aqueloutra, aqueloutras, aqueloutro, aqueloutros, essoutra, essoutras, essoutro, essoutros, estoutra, estoutras, estoutro, estoutros

Contrações de pronomes demonstrativos com outros pronomes e preposições
a
de
em
àqueloutra, àqueloutras, àqueloutro, àqueloutros
daqueloutra, daqueloutras, daqueloutro, daqueloutros, dessoutra, dessoutras, dessoutro, dessoutros, destoutra, destoutras, destoutro, destoutros
naqueloutra, naqueloutras, naqueloutro, naqueloutros, nessoutra, nessoutras, nessoutro, nessoutros, nestoutra, nestoutras, nestoutro, nestoutros


Pronomes Relativos são aqueles que representam nomes já referidos, com os quais estão relacionados. Retomam um nome anterior.


Uso dos variáveis[

Pronomes Relativos Variáveis
Masculino
Feminino
Singular
cujo, qual, quanto
cuja, qual, quanta
Plural
cujos, quais, quantos
cujas, quais, quantas
Observe a frase:
·         Aquela é a cidade a qual eu nasci.
·         Sendo os pronomes relativos pronomes que retomam o nome anterior, observamos que a qual está retomando a cidade, possuindo todas as características de concordância nominal. Observe que a frase não teria sentido caso fosse retirado eu nasci ou se fosse retirado aquela é a cidade. Já se retirarmos o pronome relativo a qual, com algumas alterações podemos fazê-la:
·         Àquela cidade eu nasci.
·         Veja mais exemplos:
·         Estas foram as pessoas as quais eu convidei. → Estas pessoas eu convidei.
·         Este será o rio o qual navegarei. → Este rio navegarei.
Note que em tais frases há a presença do verbo, antes e depois do pronome relativo, logo, estes pronomes sempre formaram a oração subordinada adjetiva:
Aquela é a cidade a qual eu nasci
Oração subordinada: a qual eu nasci
Oração principal: aquela é a cidade
Chamamos de antecedente o termo que o pronome relativo retoma, relaciona, o termo dependente, o qual é fixo, não podendo ter outra colocação na frase. Este termo será o sujeito da oração principal. O sujeito da oração subordinada chama-se consequente, o termo relacionado pelo pronome relativo. A parte da oração principal que não é o antecedente (o predicado da oração principal) pode mudar de posição na frase (estes em negrito, sublinhado o antecedente):
·         A cidade a qual eu nasci é aquela.
·         As pessoas as quais eu convidei foram estas.
·         O rio o qual navegarei será este.
Observações: Sempre haverá um verbo de ligação:
1. Antes ou depois do antecedente quando a frase iniciar com pronome adjetivo:
Aquela é a cidade a qual eu nasci
Será este o rio o qual navegarei
2. Antes do pronome adjetivo quando o predicado da oração principal é colocado depois da oração subordinada:
A cidade a qual eu nasci é aquela
O rio o qual navegarei será este
3. Após o pronome relativo quando não há verbo principal no núcleo da oração (haverá adjetivo que pode ser substituído com o verbo de ligação por um verbo ou locução) necessitando de complemento:
A cidade a qual sou nascido chama-se Cuiabá - necessita de complemento (chama-se Cuiabá)
O rio o qual será navegável nasce na Serra do Mar - necessita de complemento (nasce na Serra do Mar)
4. O complemento pode seguir as regras dos itens 1 e 2:
A cidade a qual sou nascido é aquela
Este é o rio o qual será navegável
Junto aos pronomes qual e quais haverá um pronome demonstrativo que concordará com o antecedente (os pronomes demonstrativos podem estar contraidos com preposição, nestes casos, o pronome é equivalente a cujo e flexões):
  • As pessoas as quais eu convidei foram estas.
  • Os meteoros os quais não se desintegram, agridem o planeta.
Não se põe artigo junto aos pronomes cujo, cujos, cuja e cujas, eles simplesmente concordam com o antecedente. São equivalentes a ao/do qual, aos/dos quais, à/da qual, às/das quais:
  • As pessoas cujas eu falei não compareceram. = As pessoas às/das quais eu falei não compareceram.
·         Quanto, quantos, quanta e quantas somente são utilizados quando o antecedente é o pronome indefinido tudo, tanto, tantos, tanta ou tantas, formando as locuções pronominais tudo quanto, tanto quanto, tantos quantos, tanta quanta e tantas quantas.

·         Uso de pronomes invariáveis

·         Os pronomes invariáveis possuem este nome por não obedecerem nenhuma das regras de concordância nominal. Eles são:
·         que → Equivalente a artigo + qual/quais. Junto à preposição, equivale a cujo e flexões e de/a + pronome demonstrativo + qual/quais.
·         quem → É colocado junto à preposição, se referindo à pessoas
·         onde → Indica um local
Os pronomes interrogativos, como o próprio nome diz, são formadores das frases interrogativas.

Definição

Observe:
·         Foram estas as pessoas que compraram o bilhete premiado.
·         Foram estas as pessoas que compraram o bilhete premiado?
Na página anterior, aprendemos os pronomes relativos. Os pronomes interrogativos são os mesmos que os relativos, como no exemplo acima, porém só são classificados como tais em perguntas.
Observações:
·         O pronome relativo onde por expressar lugar, nas perguntas é classificado como advérbio.
·         O pronome relativo cujo e flexões, por ter definição indireta, já que se caracteriza pela preposição + pronome demonstrativo + qual, não possui valores interrogativos, pois a preposição não é necessária para a formação das perguntas.

Classificação

Eles são:
Invariáveis
·         Quê? - A pergunta refere-se a algo.
·         Quem? - A pergunta refere-se a alguém.
·         Quando? - A pergunta refere-se ao tempo.
Variáveis
·         Qual? - Relativa algo entre vários da mesma classe.
·         Quais? - Relativa diversos entre vários da mesma classe.
·         Quanto? - Relativa a quantidade de algo de gênero masculino.
·         Quanta? - Relativa a quantidade de algo de gênero feminino.
·         Quantos? - Relativa uma quantidade maior de algo de gênero masculino.
·         Quantas? - Relativa uma quantidade maior de algo de gênero feminino.
Observações: O acento circunflexo somente é utilizado em quê antes do ponto interrogativo. Quê nem sempre será pronome interrogativo, pode também ser uma interjeição ou um substantivo.
Estes pronomes dependendo do contexto podem ter função substantiva ou adjetiva:
Quantos anos tu tens?
Qual presente você quererá?
Nestes exemplos o pronome modifica, interrogativamente, anospresente; tendo o papel adjetivo. Os pronomes variáveis geralmente possuem este papel.
Quando voltaremos?
Quem teve esta ideia?
Já nestes exemplos, o pronome não refere-se a nada, tendo referência a algo indefinido. Geralmente os pronome invariáveis possuem este papel, o papel substantivo.
A colocação pronominal destes altera a significação da frase. As classificamos de acordo com a posição destes pronomes:
  • Frase interrogativa direta → Começa por palavra interrogativa e terminam com um ponto de interrogação:
Quem comprou o bilhete premiado?
Qual é o resultado?
  • Frase interrogativa indireta → A frase supõe a indagação, mas não começa com palavra interrogativa e termina com ponto final.
Gostaria de saber se foram estas as pessoas que compraram o bilhete premiado.
Queria saber qual é o resultado.


Os pronomes indefinidos não referem-se a nada de específico. Apesar de isto caracterizá-los, eles podem variar quanto o gênero e o número. O pronome outro pode, excepcionalmente, contrair-se.
 (veja: Contrações)
Variáveis
  • algum (alguns)                                        
  • alguma (algumas)
  • certa (certas)
  • certo (certos)
  • nenhum
  • nenhuma
  • muita (muitas)
  • muito (muitos)
  • outra (outras)
outro (outros)
pouca (poucas)
pouco (poucos)
quaisquer
qualquer
tanta (tantas)
tanto (tantos)
toda (todas)
todo (todos)
Invariáveis
  • algo
  • alguém
  • cada
  • menos
  • nada
  • outrem
  • ninguém
  • tudo
  • quem
  •  
Observações: Por indefinirem seres, não são usados artigos antes dos seres que o pronome indefinido relaciona. O artigo indefinido pode substituir estes pronomes.

Quanto à semântica:
Os pronomes substantivos são os que indefinem a quantidade de seres (são sempre substantivos: algo, alguém, nada, ninguém, outrem, quem, tudo). Os pronomes adjetivos indefinem a quantidade de seres já expressos (são sempre adjetivos: cada, certa, certas, certo, certos). Os demais podem ser adjetivos ou substantivos, dependendo do contexto.


ATIVIDADES:



A). Substitua as expressões destacadas por pronomes pessoais correspondentes:
1. O pai não sabia o que era plebiscito. _____________________________
2. A mãe limpava a gaiola do canário. ______________________________
3. As meninas saíram da sala. ___________________________________
4. Os meninos liam histórias em quadrinhos. ________________________
5. A gaiola estava muito suja. ____________________________________
6. José e Pedro estudaram muito. ________________________________
7. Eu e Mário fomos ao teatro. ___________________________________
8 T.u e João sois o sal da terra. __________________________________
B)  Substitua as expressões em destaque, pelos pronomes oblíquos correspondentes a cada pessoa gramatical, fazendo a construção correta da frase:
1. Eu esqueci eu mesmo do caderno. _____________________________
2. Irei com tu ao cinema. ________________________________________
3. Eu cuidarei de tu, minha filha! __________________________________
4. Eu devolverei o livro para ele. __________________________________
5. Ele levou a mala. ____________________________________________
6. Não reconheci ela. ___________________________________________
C. Identifique os pronomes pessoais e separe-os dentro do quadro, conforme sua classificação.
a) Eu te disse que ela não nos esperaria, mas se desculparia.
b) Nós pensávamos que Vossa Senhoria jantaria conosco.
c) Disseram-me que tu te machucaste com o brinquedo que te demos.
d) Nós não o conhecíamos, mas você nos conhecia bem.
e) O senhor quer tomar um cafezinho?

Pronome reto
Pronome oblíquo
Pronome de tratamento
a)
b)
c)
d)
e)



(QUESTÃO D)   
Preencha as lacunas com os pronomes indefinidos abaixo:
Qualquer, todos, algo, alguém, tudo, todas, tudo, alguma, nada, toda,


a)Batem à porta. Deve ser ___________ que tem fome ou frio.
b) Na vida _________ passa.
c) _________ coisa lhe aconteceu?
d) _________ está errado?
e) Estarei a sua disposição a ____________ hora.
f) ________ fizeram o que pedi.
QUESTÃO E)
 Reescreva as frases, substituindo os pronomes indefinidos grifados por outros de sentido contrário:

a) Pedi pouco açúcar, mas você colocou muito.
b) Na sala há muitas alunas.
c) Nada me desanima.
d) Alguém me contou tudo.
QUESTÃO F)
Sublinhe e classifique os pronomes existentes nas frases.

a) Minha filha mora na França.

b) A Bíblia contem todos os ensinamentos morais.
c) Façamos nossas orações.
d) Isto é desagradável!
e) Aquele livro é ótimo.
f) Nenhum aluno foi reprovado.
g) Respeita teus superiores.
h) Quem chegou mais cedo?
i) Diga-me quem esteve aqui.
j) Quantos livros já compraste?
QUESTÃO G)
Preencha as lacunas com o pronome demonstrativo adequado, de acordo com a situação em cada frase:
a) Você está estudando com outro colega e precisa usar a borracha que está com ele. Você dirá: empreste-me ________ borracha (esta, essa, aquela)

b) Você está trabalhando com uma tesoura. Ao referir-se a ela, você dirá:_______ tesoura está enferrujada. (esta, essa, aquela)


c) Você e Lúcia estão precisando consultar alguns livros que estão guardados em outra sala. Você pede: Lúcia, por favor, vá pegar ________ livros de Língua Portuguesa. (estes, esses, aqueles)


d) Lúcia volta com os livros, dizendo: _______ vão nos ajudar bastante. (estes, esses, aqueles)
QUESTÃO H)
Partindo-se do pressuposto de que o pronome relativo deve ser antecedido de preposição quando o verbo da 2ª oração a exige, analise o exemplo em evidência e em seguida responda ao que se pede:

O conselho é necessário. Preciso do conselho.
Unindo-as, obteríamos:
O conselho de que preciso é necessário.  

Com base no mesmo, una as orações a seguir utilizando-se dos pronomes relativos que, quem, o qual, a qual ou onde:

a – Moro em uma capital. A capital é linda.

b – Quero estudar neste colégio. Gosto muito deste colégio.
c – Frequentamos aquele cinema. Gostamos muito daquele cinema. 
d – Assisti à peça teatral. A peça teatral é magnífica.
e – Bebi o café. Eu mesmo preparei o café.

Obs,: Gabarito no meu e-mail;
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7)    PREPOSIÇÃO


Preposição é a classe de palavras que liga palavras entre si; é invariável; e estabelece relação de vários sentidos entre as palavras que liga.

Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja, elementos de ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir:

• Complementos verbais: Obedeço “aos meus pais”.
• Complementos nominais: continuo obediente “aos meus pais”.
• Locuções adjetivas: É uma pessoa “de caráter”.
• Locuções adverbiais: Naquele momento agi “com cuidado”.
• Orações reduzidas: “Ao chegar”, foi abordado por dois ladrões.

As preposições podem ser de dois tipos:
1. Preposição essencial: sempre funciona como preposição.
Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob, até...

2. Preposição acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas.
Exemplo: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado...
Locução prepositiva
Chamamos de locução prepositiva o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição.
Exemplos: por causa de, ao lado de, em virtude de, apesar de, acima de, junto de, a respeito de...
As preposições podem combinar-se com outras classes gramaticais.

Exemplos: do (de + artigo o)
                    no (em + artigo o)
                    daqui (de + advérbio aqui)
                    daquele (de + o pronome demonstrativo aquele)
Emprego das preposições 

- as preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam.

Ex.: Limpou as unhas com o grampo (relação de instrumento)
        Estive com José (relação de companhia)
        A criança arrebentava de felicidade (relação de causa)
        O carro de Paulo é novo (relação de posse)

- as preposições podem vir unidas a outras palavras.
Temos combinação quando na junção da preposição com outra palavra não houver perda de elemento fonético.
Temos contração quando na junção da preposição com outra palavra houver perda fonética. 
Contração
Combinação
Do (de + o)
Ao (a +o)
Dum (de + um)
Aos (a + os)
Desta (de + esta)
Aonde (a + onde)
No (em + o)

Neste (em + este)

 - a preposição a pode se fundir com outro a. Essa fusão é indicada pelo acento grave ( `) e recebe o nome de crase.
Ex.: Vou à escola (a+a)

ATIVIDADES:

QUESTÃO 1 – Preencha os espaços com a preposição correta.

Novos abalos de terra fizeram sentir-se ____ São Francisco.
Os soldados agiram ____ violência.
João e Manuel vivem discutindo ____ si.
Estudo nesta escola ____ o ano passado.
Luto ____ uma terra melhor.

a) por, desde, a, com, de.                             b) perante, desde, por, com, de.
c) por, desde, por, com, por.                       d) em, com, entre, desde, por.

QUESTÃO 2 – Em “Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir”, os elementos estão sendo ligados por:

  a) sujeito               b) substantivo                 c) conjunção                      d) preposição

QUESTÃO 3 – Em “Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir”, os elementos ligados por preposição são:

a) “amigos de João / modo de vestir”                           b) “o seu modo / vestir”
c) “amigos / modo”                                                          d) estranharam / vestir”
                      
QUESTÃO 4 – Qual das alternativas  abaixo está sendo ligada por preposição.

a) Esperou entusiasmado ser convocado.                      b) João correu demais.
c) Esperou com entusiasmo aquele passeio.                d) Tenho esperanças!

QUESTÃO 5 – Analisando as questões 3 e 4, encontramos:
a) uma preposição                                                            b) duas preposições
c) três preposições                                                           d) quatro preposições

QUESTÃO 6 – As preposições são vocábulos que indicam circunstâncias diversas; o item abaixo em que a preposição destacada indica uma circunstância de forma correta, em relação ao texto em que está inserida é:

a) “Com apenas três anos,...”- companhia;
b) “Transpôs a cerca da fazenda de seu avô...”- posse;
c) “...perambulando e dormindo entre cobras...”- modo;
d) “...até ser encontrado...”- lugar;

QUESTÃO 7 – Julgue as afirmações
I – Em vez de ficar nervosa, procure por ela.
II – Deve estar em cima da mesa.
III – Sentou-se junto da irmã

Encontramos locução prepositiva em
 a) I, apenas               b) I e II, apenas               c) II e III, apenas                      d) I, II e III
QUESTÃO 8 – Em “tenho estudado muito” há exemplo de:
a) preposição             b) verbo auxiliar                c) interjeição             d) verbo de ligação

Obs. Resposta no e-mail

































Discurso direto e discurso indireto

Discurso direto e indireto
Quadro I
Quadro II
     A clara do ovo dentro d’água tomava a forma e o grupo gritava:
    _ Eh! Você vai viajar este ano, Dulce!
    A clara de ovo dentro d’água tomava a forma de um navio e o grupo gritava que Dulce iria viajar naquele ano.


        O trecho contido no Quadro I narra um momento, e o autor transcreve fielmente a fala da personagem (no caso, do grupo). Chama-se essa técnica de discurso direto.
        O discurso direto apresenta-se com:
·  Verbo de elocução (falar, perguntar, afirmar, responder, indagar, replicar, argumentar, pedir, implorar, comentar, exclamar, etc.)
·  dois-pontos;
·  Travessão (iniciando um novo parágrafo)

No Quadro II, é retratado o mesmo momento, só que a fala da personagem (grupo) torna-se conhecida através do narrador, que conta o que foi dito. É o discurso indireto.
No discurso indireto:
·  Eliminam-se os dois-pontos e o travessão;
·  Introduz-se a fala da personagem por meio de alguma palavra (geralmente que ouse);
·  Ocorrem mudanças nos verbos, em alguns advérbios e em alguns pronomes em decorrência da mudança de tempo da narrativa.

ATIVIDADE:

1 – Passe os trechos abaixo do discurso direto para o discurso indireto.
a)     _Os fogos são muito perigosos! – afirmou Dra. Marta. – No São João passado atendi aqui muitas crianças vítimas de queimadura.
Resposta:
        Dona Marte afirmou que os fogos são muito perigosos. No São João passado ela atendeu ali muitas crianças vitimas de queimadura.
b)     Maria anunciou:
        _ O casório já vai começar!
        _Já tou chegando! – gritou o noivo do outro lado do salão.
Resposta:
        Maria anunciou que o casório já ia começar e o noivo gritou do outro lado do salão que já estava chegando.
2 – Mude os trechos a seguir do discurso indireto para o discurso direto.
a) Vânia perguntou se naquele São João iriam soltar balões. A mãe explicou que os balões estavam proibidos porque poderiam provocar incêndios.
Resposta:
        Vânia perguntou:
        _ Vão soltar balões nesse São João?
        A mãe explicou:
        _ Os balões estão proibidos porque podem provocar incêndios.

b) Ana disse que fizera a canjica no dia anterior, em sua própria casa.
Resposta:
           Ana disse:
           _ Eu fiz a canjica ontem, em minha própria casa.

3)- Aprendemos o que é discurso direto e indireto, então relacione certo e coloque aspas no começo e no fim dos discursos.
( 1 ) Discurso direto
               ( 2 ) Discurso indireto

( ) A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava muito conhecer Carlota e perguntou por que não a levei comigo.

( ) Desejo muito conhecer Carlota - disse-me Glória, a certo ponto da conversa. Por que não a trouxe consigo?

( ) ... havia umas moças conhecidas, paradas à esquina da Rua da Ladeira. Ansioso de comunicação, disse-lhes eu: - Que crepúsculo fez hoje!
Respondeu-me uma delas:- Não, não reparamos em nada.

( ) Gritaram em volta que seguisse a dança.

( ) Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse-lhe: - Sonhei que vai faltar feijão.
( ) Ela disse que deveria bastar, que ela não se atrevia a pedir mais
4) Você já SABE que:

mas – indica oposição (porém/contudo)
mais – indica quantidade, aumento (bastante/muito)

 Agora complete as frases abaixo com mas ou mais.
a) A viagem para o Rio de Janeiro seria _________ cedo.

b) O pai queria que o filho se deitasse logo, __________ Nelsinho continuava a conversa.
c) __________ tarde a mãe explicou o que havia acontecido ao pai, __________ mesmo assim ele duvidou do filho.
d) A mãe foi ____________ detalhista que o filho.
e) O pai reclamou, _______ acabou tirando a avó da piscina.

5) TEXTO DE OPINIÃO

Um texto de opinião ou opinativo é aquele no qual uma pessoa expõe o seu ponto de vista sobre um acontecimento ou uma ideia. Na imprensa escrita, encontra-se, geralmente, em colunas assinadas e a empresa jornalística não se responsabiliza pelo conteúdo dele.
- Recorte, de jornais e/ou revistas, um texto de opinião e cole-o no espaço abaixo.